Espiritismo

Magnetismo, Hipnotismo e Espiritismo

Historicamente o magnetismo data desde a Antigüidade. Desde o antigo Egito, desde os tempos dos Deuses ligados a cura, desde a Grécia antiga fazendo parte das relações sacerdotais com o povo, com os fiéis que buscavam o contato com aqueles capazes de intermediar a cura através dos Deuses.

Magnetismo. Magnético e magnetismo tem relação com as propriedades do ímã: ferro magnético, atração magnética. Fig. Pessoa que exerce influência profunda e que verga a vontade de outrem à sua. Ocultismo. Força vital no ser humano, que apresenta analogia com a eletricidade e o magnetismo mineral, podendo ser irradiada para o exterior pelos olhos, pelas pontas dos dedos e pela boca, com maior ou menor intensidade da vontade.

Hipnotismo – conjunto dos fenômenos e das aplicações da hipnose.

Método ou prática de indução da hipnose: a fixação do olhar sobre um objeto brilhante, passes magnéticos, diversos artifícios de sugestão, são conhecidos desde muito tempo como capazes de provocar a hipnose, porém, é a Escola de Salpêtrière, sob o impulso de Charcot, que se deve o estudo objetivo dos fenômenos hipnóticos. Esta escola distinguiu a letargia, a catalepsia e o sonambulismo provocado. Apenas as pessoas impressionáveis ou àquelas que o permitem podem ser hipnotizadas.

A hipnose faz parte da vida humana há séculos. Ela já se fazia presente, por exemplo, em papiros egípcios. Conta a história que Rasputin (autoproclamado homem santo que se aproximou da família do czar Nicolau II e se tornou uma figura politicamente influente no final do período czarista), teria utilizado hipnose para controlar o sangramento do filho hemofílico do último Czar Russo.

No tempo de Ísis (Egito), os sacerdotes caldeus utilizavam os passes para o restabelecimento da saúde humana. No século XV muito se falava na simpatia magnética, designando um sistema análogo nas suas bases essenciais, ao que tinha sido formulado por Paracelso. No século XVII Van Helmont, muito citado na Alta Magia, afirmava ter obtido curas valiosas com a aplicação do ímã e de placas metálicas nos corpos de doentes. Um contemporâneo dele, o jesuíta Hell, que também era físico de renome, obteve efeitos interessantes com a aplicação do ímã não só nos homens, mas também nos animais.

O termo “hipnotismo” é derivado da palavra grega “hipno” (= sono) e “tismo” (= estudo de ou do).

Hipnotismo é, pois a ação de um agente ativo sobre um passivo, levando a um estágio de sono artificial, ou sono nervoso, que é um estado de sonambulismo. É a alteração da consciência que leva à super sensibilidade, fazendo com que o agente passivo (hipnotizado) se submeta às determinações do agente ativo (hipnotizador). Assim os agentes ativo e passivo ficam ligados pela ação das correntes mentais que transitoriamente sustentam o fenômeno.

Na literatura espírita vamos encontrar em “Libertação”, de André Luiz, um processo de licantropia através do hipnotismo. Diz o mentor Gubio que através do hipnotismo é mais velho que o mundo, lembra o caso de Nabucodonosor que se encontra na Bíblia, durante sete anos viveu como um animal. O mesmo ocorrendo com um espírito feminino que pressionada por violento remorso sentia-se como se fosse uma loba, pois quando encarnada assassinara o marido e os quatros filhos. Gubio explica a André Luiz que o hipnotismo pode ser usado pelos bons e pelos maus, todos o possuem.

Magnetismo – foi Franz Anton Mesmer, médico alemão quem estudou de forma científica a teoria que certas pessoas podem irradiar um fluido especial proveniente do próprio corpo com influência nos indivíduos e nos animais. Baseava-se em estudos anteriores que seus predecessores cuidavam ser coisas de magia.

Magnetismo e hipnotismo são termos que andam juntos, e muitas vezes um se confunde com o outro. Basta observarmos toda a problemática que envolve a cura das doenças: ora se fala de magnetismo, ora de hipnotismo.

O magnetismo animal foi reconhecido e explorado desde a mais remota antiguidade. Os iniciados dos grandes templos, principalmente no Egito, utilizavam-no com frequência, promovendo curas de doenças pela imposição das mãos, pelo sopro ou pela saliva do manipulador. Na Idade Média, Alberto Magno, Rogério Bacon, Paracelso e tantos outros conheceram o magnetismo animal. 

O mestre lionês conheceu as pesquisas do padre português José Custódio Faria, que fora iniciado no magnetismo pelo marques de Puységuir, contrariando a igreja que condenava o magnetismo, pois dizia “que os fluidos eram de origem infernal, o sonambulismo e o magnetismo eram sobrenaturais e diabólicas, anticristão, anticatólicos e antimorais.”

Há pessoas que inconscientemente se auto-hipnotizam. Digo aí hipnotizam no sentido de fortificar em si uma idéia fixa. Desse modo, já vimos pessoas com crise emocional inconscientemente simulando incorporação mediúnica, primeiro tendo a crise com uma pseudo perda da consciência ao ponto de as pessoas que não conhecem profundamente o tema achar que a pessoa estava caída no chão por ação de espíritos e depois, muitas das vezes, a pessoa sai desse transe como se tivesse mesmo desincorporando.

Saibamos nos defender das hipnoses (sugestões) dos Espíritos malfeitores. Abramos a nossa mente e o nosso coração ao influxo dos benfeitores do espaço. Somente assim podemos nos tornar bons “hipnotizadores e magnetizadores”.