Espiritismo

A prática espírita: como funciona a Doutrina

O que é Deus para o Espiritismo?
Deus é inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. Eterno, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom e infinito em todas as suas perfeições.

O que é livre-arbítrio?
O livre-arbítrio é a liberdade moral do homem. Ele é a faculdade de guiar-se conforme a sua vontade, na realização de seus atos, conforme o nível de adiantamento moral que tenha conquistado.

O ser goza dessa liberdade no estado de Espírito e é em virtude dessa faculdade que livremente escolhe a existência e as provas que julga adequadas ao seu adiantamento.

Existe um motivo por trás da minha escolha em definir Deus e livre-arbítrio.

E ele é bem simples: a visão que o Espiritismo tem acerca de Deus é fundamental no pensamento espírita e ela diverge das outras religiões cristãs.

Para o espírita, Deus não é um ser, não é Jesus, não tem forma. Ele é A Inteligência Suprema, o causador de tudo o que existe no Universo. Isso define uma nova atitude perante a Divindade que nos conecta ao livre-arbítrio.

Nós, como espíritas, sabemos que Deus, sendo soberanamente justo e bom, definiu o livre-arbítrio como lei imutável que dá o direito de escolha a todos, mas cobra com justiça os resultados de nossas atitudes, sejam elas ou boas.

Os centros espíritas colaboram com a difusão da Doutrina Espírita. O estudo sério e estruturado contribuiu para sua divulgação e sua prática.

Os centros se agrupam nas entidades federativas estaduais, unidas no Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira (FEB) para fortalecer a unidade desse trabalho. E é preciso cada vez mais união para a execução dos seus nobres propósitos de colocar em prática os princípios doutrinários.

Os centros espíritas são as unidades fundamentais do movimento espírita.
Eles são núcleos de estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, praticados dentro dos princípios espíritas. Em um centro, tanto o necessitado de ajuda quanto o trabalhador que auxilia encontram escolas de formação espiritual e moral que trabalham à luz da Doutrina Espírita.

Um centro espírita deve se caracterizar pela simplicidade própria das primeiras casas do Cristianismo nascente, pela prática da caridade.

Porque criar um centro espírita?
O objetivo é sempre ajudar o ser humano a melhor compreender a fase de transição que o nosso mundo atravessa. Quando alguém necessitado de orientação procura um centro, deve encontrar acolhimento.
A complexidade deste momento do mundo coloca desafios cada vez mais difíceis à nossa frente. E, para isso, o movimento espírita se organiza em centros.

Um centro espírita pratica a caridade
As atividades de serviço de assistência e promoção social espírita, destinadas a pessoas carentes, estão entre as principais atividades de um centro espírita.

Atendendo a todos que buscam ajuda material, procura-se assisti-las em suas necessidades mais imediatas, promovendo-as por meio de cursos e trabalhos de formação profissional e pessoal e esclarecendo-as com os ensinos morais do Evangelho à luz da Doutrina Espírita.

Um centro espírita esclarece e educa sobre a vida espiritual
As atividades de atendimento espiritual no centro espírita estão disponíveis para as pessoas que procuram esclarecimento, orientação, ajuda e assistência espiritual e moral. Elas abrangem recepção, atendimento fraterno, explanação do Evangelho à luz da Doutrina Espírita, passe e magnetização de água, irradiação e Evangelho no lar.

Um centro realiza palestras públicas, destinadas ao público geral. Nessas reuniões, são desenvolvidos temas de interesse comum, sempre abordados à luz da Doutrina Espírita, geralmente por meio de palestras expositivas ou estudos direcionados.

Um centro espírita educa os espíritas acerca da Doutrina Espírita
Além dos estudos abertos ao público, realiza-se ainda o Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, feito de forma programada, metódica e permanente. Ele é destinado a pessoas de todas as idades e de todos os níveis educacionais e sociais. Participar desses estudos possibilita que o iniciante na Doutrina alcance um conhecimento abrangente e aprofundado do Espiritismo em todos os seus aspectos.

As reuniões mediúnicas sérias
Segundo Allan Kardec, as reuniões mediúnicas são fundamentais para a aquisição de conhecimento a respeito do mundo espiritual e dos seus habitantes.

Elas incentivam o estudo e esclarecimento daquelas que delas participam, favorecendo a troca de ideias e as observações em comum.

Para se obterem bons resultados na prática mediúnica, as reuniões devem funcionar como um todo coletivo, sendo realizadas sob condições especiais de controle.

A natureza e as características dessas reuniões estão, necessariamente, relacionadas ao nível de conhecimento e ao caráter moral dos seus integrantes. Podem, então, ser classificadas em:

Frívolas
As reuniões frívolas são compostas de pessoas que estão em busca do caráter interessante das manifestações. Elas se divertem com os gracejos dos Espíritos levianos.
Uma reunião deste tipo não é uma reunião mediúnica espírita, propriamente dita, e os Espíritos superiores não comparecem a elas.

Experimentais
Essas reuniões serviam mais particularmente à produção de manifestações físicas, e foram realizadas por eminentes estudiosos e por autoridades do mundo científico, na época de Kardec. A curiosidade é um dos fatores que motivaram a participação nessas reuniões e, ainda que ocorram bons fenômenos mediúnicos, estes nem sempre são suficientes para convencer os presentes e torná-los espíritas.

Instrutivas
As reuniões instrutivas devem ser o padrão de reunião nos centros espíritas e elas oferecem esclarecimentos e são assistidas por Espíritos de ordem elevada.

Para tanto, aqueles que realmente desejam instruir-se precisam colocar-se em condições de atrair a presença e o amparo de Espíritos superiores, demonstrando sinceridade de propósitos, desejo de estudar os fenômenos e vontade de compreender as consequências morais do intercâmbio mediúnico.

Um centro espírita estuda e pratica a mediunidade com Jesus
Além das reuniões públicas, um centro espírita faz reuniões fechadas a grupos de estudantes e trabalhadores, dentre elas, as reuniões de estudo e educação da mediunidade, com base nos princípios e objetivos espíritas, esclarecendo, orientando e preparando trabalhadores para as atividades mediúnicas.

As reuniões mediúnicas, destinadas à assistência aos Espíritos desencarnados necessitados de orientação e esclarecimento, são feitas com vários objetivos, mas, principalmente, o de colocar em prática a caridade segundo o ensinamento de Jesus Cristo.

O espírita, ao frequentar um centro, procura participar das atividades que têm por objetivo a união dos espíritas e das instituições espíritas, o que culmina na unificação do movimento espírita. Para tal, conjuga esforços, soma experiências, permuta ajuda e apoio, aprimora as atividades espíritas e fortalece a ação dos espíritas.

A prática espírita: como funciona a Doutrina
Na Revista Espírita de 1864 Allan Kardec nos fala sobre o Espiritismo como Ciência.

…o Espiritismo não é uma concepção individual, um produto da imaginação; não é uma teoria, um sistema inventado para a necessidade de uma causa. Ele tem sua fonte nos fatos da própria Natureza, em fatos positivos, que se produzem aos nossos olhos a cada instante, mas cuja origem não se suspeitava. É, pois, resultado da observação, numa palavra, uma ciência, a ciência das relações entre os mundos visível e invisível, ciência ainda imperfeita, mas que diariamente se completa por novos estudos e que, tende certeza, tomará posição ao lado das ciências positivas. Digo positivas porque toda ciência que repousa sobre fatos é uma ciência positiva, e não puramente especulativa.

Depois que falamos sobre a História do Doutrina Espírita e lhe contamos sobre a prática espírita, o próximo post vai tentar explicar por que o Brasil é o maior país espírita do mundo. Você vai saber tudo sobre como funciona a Doutrina Espírita.